mini-saia

De facto, não consigo eleger um preferido - gosto de vários, mas não a ponto de dizer adoro "este", de paixão.

Acho que, no geral, as atrizes arriscam cada vez menos e, quando o fazem, nem sempre corre bem. De todo o modo, aplaudo várias escolhas, e sublinho, a marcador, a escolha de Natalie Portman, tudo menos inocente, como explico abaixo.

Natalie Portman estava absolutamente poderosa, neste Dior Haute Couture, em que nem a capa faltou. Convém perceber que a capa tinha, de lado, os nomes de Diretoras de filmes, de 2019, que não foram tidas em conta pela Academia de Hollywood. Ou seja, esta é uma verdadeira peça de intervenção, que está longe de ter sido escolhida por mero efeito estético.

Da minha parte, tiro-lhe o chapéu, pela escolha, pela atitude e por ter conseguido ouvir-se no mundo através da moda (para quem acha que a moda não serve para nada, ela pode ser, sim, uma forma de expressão muito poderosa).

Charlize Theron estava sóbria, mas super elegante, neste modelo Dior Haute Couture. Gostei, em particular, do "detalhe" da alça descaída de um lado, pouco visto nestas andanças, a contrastar com a racha do vestido, esse sim, bem mais comum e batida.

Estava com tantas expetativas com Scarlett Johansson, e fiquei algo decepcionada com este modelo Oscar de La Renta. Não que seja particularmente feio, mas acho que é relativamente estranho e não faz jus à beleza da atriz. O cabelo, algo desfeito, também resulta estranho - parece que foi feito à pressa e que, por isso, se soltou uma pontinha, de lado...

Margot Robbie também apontou ao lado, na minha opinião. Desde a jóia que adorna o vestido Chanel vintage, até às meias mangas, vaporosas, tudo resulta estranho neste look. Atenção que o vestido é simples e bonito, e creio que, sem mangas e sem joia, resultaria perfeito. 

Bastava ter colocado uma pequena camélia branca, da Casa Chanel, para tudo ficar diferente, para melhor.

Caitriona Balfe escolheu um Valentino que está longe de ser consensual. Confesso que estive vai não vai para o colocar nas minhas previsões, mas, como achei que não is resultar na red carpet, não escolhi. Estava redondamente enganada - e honestamente gostei bastante de o ver na atriz.

Saoirse Ronan, em Gucci, deslumbrou, na minha opinião. Conseguiu primar pela originalidade, num modelo com graça, que lhe assentava muito bem. Ah, e a maquilhagem, vista na TV, estava muito bem conseguida - sobretudos os olhos, onde o lavanda se destacava.

Penelope Cruz também escolheu um vestido da Casa Chanel, tendo assumido a camélia, no decote, ao lado das pérolas, à cintura, que são outra característica dominante e tão bem conhecida da marca. Pessoalmente, achei que estava bonita e elegante, com este modelo, e aplaudo a escolha.

Kelly Ripa não tem medo de volume, a avaliar pelo vestido Christian Siriano que usou. O modelo, não sendo novidade, resultou bem e acaba por realçar a beleza da atriz.

Mais um modelo que não me convenceu. Estava com algumas expetativas para ver a escolha de Laura Dern, mas este modelo Armani, em rosa e preto, não me arrancou um "uau". É elegante e assenta-lhe bem, mas os detalhes em preto não creio que sejam muito favorecedores...

Geena Davis veio mostrar que a idade não significa nada quando se trata de brilhar na rede carpet. De facto, a atriz de 63 anos foi, para mim, das presenças mais poderosas da noite, com um modelo preto e bem decotado, assinado por Romona Keveza (um nome normalmente associado aos vestidos de noiva).

Sandra Oh foi com um vestido que "grita" Óscares por todo o lado. Assumidamente volumoso e festivo, o vestido Elie Saab não deixa ninguém indiferente e é daqueles que ou se ama ou se odeia. Eu gostei, confesso e aplaudo a ousadia da atriz, em se fazer notar desta forma.

Rooney Mara continua com uma figurinha invejável e o modelo Alexander McQueen, não sendo propriamente uma novidade (aliás anda muito próximo de modelos antigos, usados por Rooney), resulta muito bem na atriz.