Semana Mundial da Amamentação
Desde que a Laurinha nasceu que a amamentação passou a fazer parte da minha (nossa) vida e dos meus (nossos) dias.
Sempre desejei amamentar, mas nunca pensei muito no assunto. Até porque fui ouvindo relatos de mamãs que passaram por dificuldades, a este nível, pelo que nunca criei muitas expetativas, com receio de que pudessem ser defraudadas.
Encarei, por isso, com muita naturalidade, todo este processo e logo na primeira vez que a tive ao peito, após o parto, coloquei-a junto à maminha e deixei o instinto animal fazer o resto.
De lá para cá, fomos ambas aprendendo as melhores técnicas e posições para cada mamada. Cá em casa, é ela que manda e não coloco restrições nem controlo horários.
Cada mãe escolhe o melhor para o seu filho e eu decidi fazer assim, "ouvindo" a minha bebé, antevendo o que pretende e evitando, por isso, sempre que possível, que chegue à fase do choro.
Obviamente que não condeno nem julgo quem, por opção, decidiu não amamentar. E respeito profundamente todas as mães que, por uma razão ou por outra, não podem amamentar. Cada mãe deve ser livre para escolher o que acha ser o melhor para o seu filho e para si, sem sofrimentos, nem dramas.
Voltando à amamentação, a mesma tem, obviamente, muitas vantagens. Não vale a pena enumerá-las por aqui. É verdade, porém, que cria também a necessidade de estarmos sempre por perto, juntinhas para quando a vontade aparece.
Isso, por cá, não tem sido, até agora, problema. E não nos tem feito ficar em casa, com medo da amamentação em público.
Na realidade, o meu "batismo" de amamentação em público foi no meio de centenas de pessoas - nada mais, nada menos do que numa loja do cidadão (toma lá Mónica, para aprenderes...). Com alguma inexperiência pelo meio, a amamentação lá se fez e, no final, mãe e, sobretudo, filhota, satisfeitas.
Neste processo, soutiens de amamentação, camisolas, túnicas e vestidos com botões ou fechos no decote e os abençoados aventais de amamentação, têm dado mesmo MUITO jeito.
Acima de tudo, acho que não se deve fazer da amamentação "um bicho de sete cabeças". Naturalidade deve ser a palavra de ordem. Para quem pretende amamentar, dois conselhos: bloqueiem comentários alheios e conselhos de quem está de fora, e façam o que acham que é melhor para a vossa cria.
(E não podia vir mais a propósito o desenho feito por Maurício de Souza, da Mônica sendo amamentada pela sua mãe, para apoiar a campanha de aleitamento materno, que termina no dia 8 deste mês.)