Pintar o cabelo na gravidez
Antes de engravidar da Laurinha, tinha pintado o cabelo de um bonito acobreado, a puxar para o vermelho, com uma tinta permanente.
Adorei o resultado da coloração, feito pela minha querida Maria Lourenço, mas, depois, ao engravidar, tomei a decisão de não colocar tintas permanentes no cabelo e, se possível, qualquer outro tipo de tinta durante os nove meses de gestação.
A ideia foi boa e a sua finalidade melhor ainda - evitar que substâncias relativamente perigosas entrem na corrente sanguínea e possam, de alguma forma, interferir com o bom desenvolvimento do bebé.
No entanto, à medida que o cabelo crescia, o efeito "raiz" escura era cada vez mais evidente, a juntar aos cabelos brancos que já tenho, Ou seja, tinha o cabelo de três cores - entre o avermelhado e o branco, passando pelo castanho...
Claro que passei a gravidez a ouvir "bocas" e opiniões de outras pessoas, que me diziam que a coloração não fazia mal, que a sua ginecologista nunca tinha dito nada acerca da pintura do cabelo, que isto e aquilo...
No primeiro trimestre, em que não queria contar que estava grávida, chegou a ser "doloroso" apresentar o cabelo de três cores e não justificar o porquê da minha escolha.
Por isso, após os primeiros três meses, e depois de muitas leituras, optei por comprar uma tinta natural e não permanente no Celeiro, próxima do meu tom natural do cabelo, e, com ela, pintar o cabelo em casa. Minhas amigas, a tarefa não foi fácil. Já tinha feito coloração em casa, mas sempre com uma amiga por perto. Nesse dia tinha o meu marido, muito bem intencionado, que ajudou como pode, e lá se fez a pintura.
Ficou ligeiramente melhor e deu para disfarçar o efeito raiz, dando ao cabelo um tom distinto e mais aceitável. A partir daí, não me voltei a preocupar com o assunto. A gravidez era assumida, assim como o desejo de não o pintar, pelo que mantive a decisão até quase às 40 semanas, altura em que dei um corte valente e pintei, novamente na Maria Lourenço, com uma coloração tom sobre tom, por ela aconselhada, muito suave, que sai com as lavagens.
Gostei tanto da coloração e da forma como o meu cabelo ficou (menos seco e mais saudável) após a mesma que, mesmo depois da filhota nascer, continuei a pintar com ela e disse adeus às tintas permanentes.
Como, entretanto, decidi que gostava de voltar a engravidar, nunca mais voltei às cores de cabelo mais "exóticas" e mantive-me nos tons próximos do meu tom natural de cabelo.
Assim, nesta gravidez, deixei de pintar depois do positivo e, agora, apesar dos muitos brancos à espreita, não há o efeito raiz, que outrora me "atormentou".
Posto isto, e depois do meu testemunho, perguntarão vocês - mas pintar o cabelo na gravidez faz mal ou não? Não há consenso nesta matéria, mas a verdade é que são muitas as colorações permanentes que têm componentes que são mais agressivos e que penetram na corrente sanguínea, podendo afectar o bebé.
Cada mãe decidirá, com o médico que a segue, o que é melhor para si e para a sua cria. Eu fiz assim, mas cada uma decidirá o que é melhor para si.
E os 9 meses passam tão rápido que, logo, logo, voltamos a poder pintar com o que bem quisermos, sem restrições!
Imagem via thegloss.com.