Dois meses de Emília
Dois meses se passaram, filha, desde que te vi pela primeira vez. As dores do parto, que deram sinal mal raiou o dia, daquela manhã cinzenta de julho, acabaram num parto rápido e feliz, numa altura em que o sol já raiava, qual sinal divino de que estavas a chegar...
Desde então que a nossa vida está ainda mais feliz com a tua chegada. E é tão bom ver-te crescer a cada dia, registar cada pequena conquista, o primeiro sorriso, a primeira brincadeira que as tuas mãos conseguem alcançar, a forma como te alimentas, o calor terno que nos transmites, sempre.
Ter-te tão perto da idade da tua mana mais velha foi uma decisão ponderada. Estava consciente do desafio, e, cada dia, é de facto, um desafio constante criar-vos, já que a mana ainda é pequenina e é, também, bebé.
Vamos tentando balançar as atenções às duas, num jogo de cintura que esperamos ser melódico, até ao fim. E eu tento dar o melhor de mim a ti e à tua irmã. Se o consigo sempre? Provavelmente não, mas tento e vou tentanto, sempre em constante aprendizagem.
Parabéns, por isso, a ti, miúda, e obrigada por teres vindo iluminar a nossa vida com a tua presença.