Destralhar
Agora que as mudanças se aproximam, dei por mim a pensar que tinha que arregaçar as mangas e fazer uma seleção do que tenho, entre o que realmente uso ou tenciono usar e o que não uso e, por isso, não faz sentido guardar.
Não faz sentido ter um armário a rebentar pelas costuras quando, na realidade, só usamos 20% do mesmo (e, atenção, que estou a ser simpática com a percentagem).
A verdade é que, nos últimos tempos, compro cada vez menos, e tenho, volta e meia, feito uma vistoria pelo que tenho e por tudo o que faz sentido ou não guardar. E tenho dado muita coisa...
No entanto, tinha plena consciência que ainda tinha muita coisa acumulada, que tinha que seguir viagem, para outro destino.
Na minha cabeça, não faz sentido fazer caixotes para a casa nova com coisas que já não quero usar. Por isso, antes sequer de pensar nesses caixotes, comecei a "destralhar" - ou, se preferirem, a filtrar o que quero guardar, libertanto o que está a mais...
E foi este sábado que tudo começou. Uma autência saga, dedicada a sapatos e a roupa, fundamentalmente, e que terminou com vários caixotes cheios de peças, prontos a seguir.
Tenho plena consciência que o processo está apenas a começar. Há ainda muita coisa a fazer - a começar pelas gavetas da roupa interior, mesmo a pedir uma atenção redobrada.
Mas, para já, a sensação de leveza é mesmo uma realidade. E, confirma-se, o ato de destralhar pode ser verdadeiramente libertador. Não é à toa que os especialistas em Feng Shui recomendam que nos livremos de peças que não usamos (e que estão, como tal, estagnadas, em casa) para que a boa energia possa circular livremente.
Com ou sem mudança de casa, desafio-vos a destralharem também alguns dos vossos pertences - podem começar com um armário ou com uma gaveta. O importante é dar o primeiro passo.
Quanto ao destino dos meus caixotes, será, à partida, um site de venda online de peças de segunda mão (o Micolet). De todo o modo, opções não faltam, entre dar ou trocar com as amigas, vender no OLX, entregar a Instituições ou, até, em lojas que garantem a reciclagem das peças, como a Zara ou a H&M.
E mãos à obra!
Imagem IKEA.