Como poupar na alimentação
(10 dicas fáceis de concretizar)
No final do ano passado, e depois de muitas leituras e podcasts sobre Finanças Pessoais e Literacia Financeira, comecei a tentar controlar melhor as despesas familiares.
Para o efeito, estabeleci um valor que me parece adequado para suportar as compras mensais de mercearia para casa e, desde então, tenho tentado não fugir muito dele a cada mês.
Para ajudar, divido sempre o valor que estabeleci pelo número de semanas e, muito importante, vou registando num documento Excel cada gasto em mercearia, frutas e legumes.
Este registo pode parecer supérfluo, mas ajuda-me a perceber para onde vão as maiores fatias do orçamento e, de certa forma, a controlar-me nos gastos.
Posto isto, partilho convosco abaixo 10 estratégias que comecei a implementar cá em casa, e que me ajudam a manter os gastos equilibrados:
1. Controlar a despensa
É fundamental saber sempre o que temos na despensa e no frigorífico (congelador incluído), para evitar compras de produtos que já temos e, claro, para impedir que os produtos que temos se deteriorem ou passem de prazo.
2. Planear menus
Depois de saber o que temos, planear menus semanais ajuda bastante - não só a usar o que se tem, como, e sobretudo, a comprar apenas o necessário.
Se lhe faltarem ideias, pesquise receitas ou menus semanais, que encontra um pouco por toda a Internet, à distância de um clique.
Tente diversificar e encontrar pratos do agrado de toda a família.
3. Comprar em feiras ou junto dos produtores, privilegiando produtos a época
Comprar junto dos produtores é muito mais barato. A forma mais simples de o conseguir é frequentar feiras, onde os mesmos vendem o que produzem.
De todo o modo, também existem lojas de venda ao público que adquirem os produtos aos consumidores e conseguem praticar preços mais baixos do que as grandes superfícies.
Qualquer que seja a sua opção, escolha sempre produtos da época - são mais adequados às necessidades do momento, do corpo, e mais acessíveis também.
4. Aproveitar as hortas dos familiares (ou dos vizinhos)
Se não tiver horta, mas tiver a sorte de ter família por perto que tenha - ou mesmo amigos ou vizinhos, é aproveitar o que a terra vai dando a cada momento (até porque os produtos da época são sempre os melhores).
5. Congelar o que está a mais
Congelar comida pode ser especialmente útil quando temos muita coisa em casa e não queremos que se deteriore.
A mim, acontece-me com legumes. Se me oferecem ou eu compro uma grande quantidade, preparo doses descascadas e limpas para sopa e congelo. No dia da sopa, é só colocar na panela e já está.
6. Fazer pão em casa
Comecei a fazer pão em casa em março e ainda não parei. Recomendo mesmo.
Podem preparar a vossa massa mãe (ou fermento artesanal) para levedar o pão e, sem fermento industrial, conseguem um pão delicioso e super barato (só com farinha, água e sal).
Para as minhas filhas, faço o pão de forma sem côdea da Bimby, que elas adoram e é super rápido e prático de preparar (coze a vapor e dá para fazer enquanto se prepara alguma coisa no copo).
7. Fazer iogurtes em casa
Foi na quarentena que decidi tirar o máximo partido da Bimby e começar a fazer iogurtes líquidos em casa.
As minhas filhas preferem iogurtes líquidos aos sólidos e gastava sempre algum dinheiro por mês em iogurtes - já para não falar do impacto ambiental dessa escolha.
Se não tiverem Bimby, podem sempre preparar numa panela normal ou numa iogurteira. Não faltam receitas online sobre como fazê-lo.
8. Levar lancheira para o trabalho
Para quem trabalha fora, levar lancheira de casa já deveria ser um clássico, pelo que se ainda não assumiu este gesto, deveria começar já amanhã.
A forma mais prática passa por cozinhar à noite a mais, de modo a sobrar para o dia seguinte ou aderir ao planeamento semanal e aproveitar o fim de semana para preparar várias marmitas, que pode congelar ou não.
9. Fazer snacks saudáveis em casa
Para quem gosta e consome diariamente barritas, bolachas e afins, fazer em casa, em vez de comprar, pode ser uma ótima solução.
É tudo uma questão de escolher as receitas e adaptar aos ingredientes que temos em casa.
10. Ter um cantinho de aromáticas em casa
Seja na varanda ou dentro de casa, pode e deve ter algumas plantas aromáticas a crescer. Quando precisar delas, para temperar os seus pratos preferidos, é só ir ao vaso.
É mais económico e altamente terapêutico.