Closet cleaning - a "arte" de destralhar
Quando mudei de casa, há quase cinco anos anos, decidi, em boa hora, fazer uma arrumação e por uma "limpeza" valente à casa antiga, sobretudo ao seu closet e a tudo o que acumulei, durante cerca de 10 anos (os mesmos de vida na capital, depois do meu regresso de Bissau).
E posso-vos adiantar que foi absolutamente libertador conseguir abrir mão de tanta coisa e perceber o quanto acumulei desnecessariamente, ao longo dos últimos anos.
Depois de anos a fio a fazer closet cleanings a armários alheios, passei semanas a analisar o meu e, ainda hoje, dou por mim perplexa, ao perceber a quantidade de roupa que tinha acumulada e que não usava.
Cheguei ao ponto de comprar peças iguais, porque não me lembrava que já tinha uma com aquele corte e naquela mesma cor. Dá para acreditar?
Agora, com um armário muito mais reduzido, perfeitamente arrumado e funcional, tornei-me MUITO mais consciente nas aquisições que faço e há mais de um ano que compro muito POUCO, mesmo.
Aliás, e mercê das condicionantes atuais, ligadas à Pandemia, posso-vos dizer que, desde fevereiro deste ano, tenho-me controlado e nunca mais comprei nenhuma peça de roupa ou acessório para mim...
Claro que continuo a receber algumas prendas de marcas, com as quais me identifico, e que se consubstanciam em peças que realmente gosto e uso. Receber só por receber, para ser politicamente correta, e para depois não usar, deixou de ser política da casa. E tenho vivido muito mais feliz assim, com a certeza de que está tudo arrumadinho e no sítio certo.
Por isso, e para quem esteja desse lado, a acumular peças, desnecessariamente, um conselho: estejam ou não para mudar de casa, libertem-se do que está a mais.
Para vos inspirar, vejam alguns episódios da Marie Kondo ou leiam o livro Comece Pela Gaveta das Meias, da Vicky Silverthorn (estou a ler e recomendo!), e mãos à obra!
Selecionem o que faz sentido guardar, o que pretendem doar, colocar no lixo, oferecer ou trocar com amigas ou, até mesmo, vender (o OLX ou o Micolet são boas opções a considerar, para colocar peças de roupa, sapatos ou acessórios à venda).
Tenham em atenção que não vale a pena continuar a guardar:
* Peças que deixaram de servir e que não se antevê que voltem a servir.
* Peças danificadas, gastas, descosidas (quando não pretendem levá-las a arranjar).
* Peças com as quais já não se identificam - que deixaram de fazer o vosso estilo.
* Peças que têm guardadas há anos, sem uso - é sinal que deixaram de ter espaço na vossa vida e no voss estilo.
Comecem pela gaveta das meias, e dediquem uma semana a cada divisão da casa. Acreditem que se pode viver bem (ou até melhor) com muito menos!
E se quiserem contar com a minha ajuda profissional, enquanto consultora de imagem, há quase 15 anos, basta escreverem-me, para marcarmos a ida a sua casa: aminisaia@gmail.com.
Imagem via TasteofHome.