Champôs naturais - que ingredientes evitar?
Se há coisa que a experiência e os anos me ensinaram, é que o uso de produtos capilares mais naturais tende a fazer toda a diferença, a longo prazo, na saúde e beleza do cabelo.
No entanto, foram precisos vários anos para encontrar produtos realmente bons, que não comprometam os resultados, e que garantam ingredientes naturais e a ausência de substâncias nocivas, para o organismo.
E que substâncias nocivas* são essas, que podemos e devemos evitar?
SLS ou LAURIL SULFATO DE SÓDIO
É possível que o encontre na lista de ingredientes como sodium lauryl sulfate (SLS) ou sodium laureth sulfate (SLES).
O que faz? Basicamente, funciona como detergente, ajudando a limpar e a formar espuma, retirando também hidratação à pele (no caso do cabelo, retira o óleo, ao que o couro cabeludo responde com a produção imediata de mais óleo, o que dá à pessoa, que lava o cabelo diariamente com um produto com esta substância, a sensação de que tem o cabelo oleoso).
Mas não é tudo! O mais grave a ter em conta é que, muitas vezes, no processo de fabricação desta substância, é colocado um produto que tende a ser considerado por alguns estudos como carcinogénico (o 1,4 dioxano).
Paralelamente, um dos efeitos secundários mais comuns do SLS passa por provocar uma irritação nas partes internas da pele, podendo, inclusivamente, entrar na corrente sanguínea.
Parabenos
Os parabenos funcionam como conservantes e, por isso, são tão frequentes, porque, supostamente, ajudam a manter o produto em boas condições e longe de bactérias durante mais tempo. Nas listas dos ingredientes, podem vir como methyl paraben, ethyl paraben, propyl paraben, butyl paraben, isobutyl paraben ou E216.
Os seus efeitos na pele e no organismo continuam a ser alvo de estudos e pesquisas. No entanto, e segundo estudos que têm sido feitos e revelados, acredita-se que estas substâncias podem ser cancerígenas, para além de provocarem algumas alergias.
Por outro lado, acredita-se ainda que os parabenos podem ser desreguladores hormonais.
Propileno glicol
O propileno glicol (ou propylene glycol/PG) resulta de um processo de refinamento do petróleo e é utilizado frequentemente em amaciadores e champôs, porque cria uma espécie de película no cabelo, dando uma sensação imediata (e falsa) de hidratação.
No entanto, muitas vezes, a médio e a longo prazo, o cabelo fica mais seco, porque todos os óleos e gorduras naturais foram dissolvidos. Por outro lado, esta substância tende a ser associada a irritações na pele.
*A nocividade destes ingredientes é relativa - até porque os mesmos foram e continuam a ser aprovados pela Comunidade Europeia, pelo que se continuam a usar na indústria cosmética. No entanto, para quem procura produtos o mais naturais possível, o meu aconselho é que os evite, sempre que possível.
Imagem via Marie Claire.