Casacos de inverno - como comprar?
O frio que já se vai fazendo sentir, sobretudo de manhã e ao final do dia, lembram-nos a necessidade de, muito rapidamente, "mudar o chip" do roupeiro e passá-lo para a versão outono-inverno, com tudo o que isso implica.
Entre camisolas mais quentinhas, collants, meias ou botas, os casacos, ocupam, claro, uma parte fundamental nesta mudança e continuam a ser "a peça" em que pode e deve apostar todas as suas fichas.
De facto, e como já escrevi por aqui algumas vezes, o casaco é, a par com a carteira que levamos, o que mais chama a atenção e em primeiro lugar se vê.
Assim, de nada vale levarmos por baixo do casaco um vestido lindo, da marca XPTO, que nos custou (ou não) uma pequena fortuna, se, por cima, usamos um casaco sem graça, velho ou desajustado ao nosso tipo de corpo ou ao nosso estilo.
Isto não quer dizer que não liguemos, de todo, à roupa que vestimos por baixo, mas, pela sua importância e pela regularidade com que os vestimos, os casacos são, para mim, a peça em que podemos e devemos investir.
O que ter em conta, na compra de um casaco?
1. O nosso tipo de corpo e o nosso estilo - de nada vale comprar um casaco lindo, se o corte não nos assenta bem, se não valoriza o nosso tipo de corpo ou se em nada se adequa ao nosso estilo pessoal. Por isso, compreender o que melhor nos assenta, o que mais valoriza a nossa estrutura, o que pode ajudar a disfarçar aquela barriguinha saliente ou uma anca mais larga, deve ser o ponto de partida para a procura do "tal" casaco.
Ah, e ter em conta o nosso estilo pessoal e o modo como nos vemos e queremos estar diariamente também ajuda muito. É importante adquirir uma peça que tenha a ver connosco, que "seja a nossa cara", que combine com pelo menos 90% (ou 80%, vá) das peças do nosso roupeiro.
2. O corte - procurar modelos de corte intemporal, que tanto podem ser usados hoje, como daqui a 5 anos, é sempre uma boa ideia, pois traz a garantia de um investimento mais seguro. Neste campo, os trench-coats, os biker jackets ou os blazers clássicos nunca saem de moda e são sempre boas apostas.
3. O material - se vai investir numa boa peça, que pretende que dure mais do que uma estação, procure materiais de qualidade. Espreite as etiquetas, para ter a certeza do que está a comprar. Já falei aqui da qualidade das fibras e do que devemos procura nas etiquetas, pelo aconselho a leitura (ou releitura) do post.
4. A cor - se pretendermos uma peça que aguente anos e se não tivermos nenhum casaco como o que vamos comprar em tons neutros, estes tons são sempre uma aposta mais segura: preto, bege, camel, castanho. Se estiver indecisa entre um casaco preto ou castanho, faça o seguinte exercício: analise os seus sapatos e veja se encontra mais modelos pretos ou mais modelos castanhos. Consoante a resposta, compre um casaco dessa cor, pois será aquela que mais combina com o seu roupeiro.
5. As nossas necessidades diárias (bem como o clima da nossa terra/cidade) - se anda muito a pé, é mais do que natural que necessite de um género de casaco mais quentinho do que se fizer todo o seu percurso de carro.
6. A marca - coloquei no fim a marca, porque, muito honestamente, não acho que ela influa muito nesta aquisição. Da minha experiência enquanto consumidora de casacos (são das peças que mais gosto e invisto), tenho encontrado ótimas peças em marcas mais ou menos caras, pelo que a marca nem sempre determina aqui uma maior ou menor qualidade.
Por isso, mais do que a marca, os materiais e o local da confeção são, na minha opinião, dos aspectos mais importantes a considerar.
Imagem via Vogue.es.