mini-saia

Como escrevi no passado, nunca estabeleci metas nem datas limite. Tal como aconteceu com a Laura, que mamou durante cerca de um ano, com a Emília, tudo se foi proporcionando para que a amamentação prolongada funcionasse para ambas as partes.

Claro que o facto dela estar em casa e não na escola, e de eu trabalhar parte do meu tempo em casa, ajuda muito e faz toda a diferença.

Ela continua a adorar mamar e eu continuo confortável com isso, embora amamente cada vez menos, mais como mimo e aconchego, muitas vezes antes de adormecer, do que propriamente por fome ou sede (até porque ela bebe outro leite e gosta).

Apesar das recomendações da Organização Mundial de Saúde, que dizem ser aconselhável uma criança mamar nos dois primeiros anos de vida, dou muitas vezes por mim a receber olhares estranhos quando digo que ela ainda mama. Honestamente, vivo super tranquila com isso, mas noto existir quase uma espécie de "preconceito" para com as mães que amamentam até tarde...

De todo o modo, não julgo ninguém, tenha ou não amamentado as suas crias, por opção pessoal ou de saúde. Gostava apenas que existisse mais informação sobre o assunto e que, em cada vez mais maternidades, se seguisse uma política pró amamentação, que escondesse fórmulas e motivasse as mães a alimentar as suas crias, por si próprias, de forma natural e sem tabus ou receios.

Não sendo perita em amamentação, sei o que a vida me tem ensinado e, do que já vi, ao meu lado, no hospital, e à minha volta, no meu núcleo de amigas, há ainda pouca motivação para uma amamentação natural e sem tabus. 

Por isso, e para todas as grávidas que me estão a ler, acreditem que vão ter leite, que nenhum leite é fraco, e que vão conseguir sustentar as vossas crias, por si próprias. Por aqui, e da parte que me toca, continuaremos enquanto ambas nos sentirmos confortáveis e felizes...

* E, sim, eu pinto o cabelo - faço-o com uma tinta sem amoníaco, na Maria Lourenço, que é o local onde cuido do meu cabelo há vários anos.