A nossa imagem, com um todo
Há quem diga que a impressão que deixamos nos outros é a captada nos primeiros 5 minutos de contacto.
Pessoalmente, atrevo-me a dizer que talvez seja a impressão deixada no 1.º minuto aquela que nos fica para a vida – e que será boa ou não, consoante aquilo que conseguimos fazer transparecer para os outros.
Esta questão da imagem é actualmente mais importante do que nunca. Numa altura em que há cada vez mais pessoas desempregadas, e em que há a necessidade de nos afirmarmos pessoal e profissionalmente, o modo como nos apresentados para os outros ganha um relevo fundamental na sociedade. E já não vale muito dizer que como em Portugal o povo é, por natureza, descuidado, com a imagem e a beleza, então não vale a pena o esforço e podemos sair à rua como calhar.
Enquanto consultora de imagem, conheço muitas mulheres empenhadas em mudar de imagem. Esta mudança resulta de um conjunto de factores, que começam por ser psicológicos, em primeira linha: a cliente deseja a mudança, sente que na sua vida há algo que não está tão bem, e precisa dessa mudança. Muitas vezes existem motivações circunstanciais, que impelem a cliente para a mudança. Por exemplo: a cliente está a experimentar uma mudança profissional e precisa de uma nova imagem para fazer face a essa mudança e aos novos desafios pelos quais a sua vida está a passar.
Uma vez decidida em avançar na mudança, e quando se dá o caso da cliente pretender mesmo uma mudança completa (o que nem sempre acontece – já que, por vezes, a cliente visa apenas aperfeiçoar o seu guarda-roupa, comprar algumas peças, ou livrar-se do que tem em excesso), essa mudança de imagem não pode incluir apenas a roupa, sob pena de se tratar de uma mudança “coxa”, que precisa de algo mais, para se tornar verdadeiramente completa.
Quando uma cliente não se maquilha ou não cuida da pele do rosto, de nada vale começar a vestir-se melhor, se a imagem que transparece do seu rosto não é a melhor. Isso vale ainda mais para as mulheres que trabalham com uma bata ou farda o dia inteiro, e que têm a roupa escondida – nestes casos, um bom penteado, uma boa maquilhagem, sobre uma pele convenientemente tratada, valem mais que um vestido ou uma saia.
Por isso, sempre que alguém vem ter comigo, dizendo que quer melhorar a sua imagem – há 3 grandes questões que são sempre focadas:
1.º Roupa (e acessórios, bem entendido)
2.º Tratamento de rosto e maquilhagem
3.º Cuidados capilares
De facto, a imagem acaba por ser o resultado: da roupa e dos acessórios que vestimos/colocámos, do modo como a nossa pele e o nosso rosto se encontram, e ainda com a forma como está o nosso cabelo.
Descurar um destes factores faz com que a nossa imagem não esteja potenciada ao máximo. Se queremos estar bem, e parecer ainda melhor, devemos escolher criteriosamente a roupa que vestimos, os sapatos que calçamos, os acessórios que colocamos. E não nos podemos esquecer de tratar da nossa pele, de ter aqueles cuidados básicos, tantas vezes descurados no Inverno (depilação em dia, manicura e pedicura feitas, aplicação de cremes específicos no corpo e rosto, às nossas necessidades).
Por outro lado, devemos aproveitar os benefícios que a maquilhagem nos traz – se ajuda a esconder as olheiras que temos, porque não aproveitar? Se torna a nossa pele mais uniforme e com um toque bronzeado, porque não colocar a base e o pó bronzeador?
O ponto de partida deverá ser aprender o que nos fica melhor: roupa, sapatos, cabelo, maquilhagem. A partir daí, devemos assumir estes cuidados como rituais diários, a seguir sempre, sem excepção.