Entrei na Faculdade de cabelo curtinho, mas já com uns caracóis a fazerem-se notar. Com a mudança para a capital, os raros cortes que fui fazendo fizeram com que o cabelo fosse crescendo cada vez mais, a ponto de ter chegado ao fim do curso, cinco anos depois (numa altura em que as licenciaturas ainda tinham 5 anos), com um bonito e relativamento longo cabelo ondulado.
Creio que só nessa altura percebi que, mesmo sem a "velhinha" permanente dos 12 anos, tinha ondulações e, até, caracóis. Era tudo uma questão de usar os produtos apropriados...
E com essas ondulações rumei à Guiné. Durante os vários anos que lá vivi, nunca me aventurei em cortes por lá. O máximo que fiz foi um brushing, já no meu último ano. Efetivamente, quem conhece Bissau sabe que não faltam locais onde se arranja o cabelo. Aliás, por todo o lado se veem mulheres a fazerem tranças ou a colocar extensões.
No entanto, eram poucos os salões, à data, na capital guineense, que me transmitissem relativa segurança ou que oferecessem cabeleireiros habituados a cabelos finos. E, por isso, o meu cabelo foi crescendo, crescendo, sem grande manutenção, no meu dia-a-dia.
Nesta altura, descobri o maravilhoso mundo dos leave-ins. Lavava e hidratava bem o cabelo, colocando depois um creme para caracóis (maravilhoso, da TIGI, que infelizmente foi descontinuado), que os definia mas não secava os cachos. E, por causa do calor, em poucas horas tinha o cabelo seco, sem necessidade de secadores!
De volta a Lisboa, foi hora de descobrir o trabalho de alguns bons cabeleireiros da capital. Nem todos os profissionais sabem, na perfeição, cortar cabelos ondulados ou com caracóis - sendo, por isso, importante, escolher o profissional a quem confiamos o cabelo e, uma vez encontrado "o" tal, manter os seus contactos sempre atualizados!
Foi nesta altura que comecei também a descobrir os encantos da cor e do mundo da coloração...
(Continua...)