A Gaiola Dourada
Fui convidada a assistir à ante-estreia deste filme ainda em junho. Era quinta-feira, greve geral e de manhã. Cheguei a custo a uma sala quase deserta para, sozinha, me deixar levar pelo fantástico "enredo".
Tinha as expetativas altas e achei que ia ver uma comédia. A verdade é que saí lavada em lágrimas, um pouco envergonhada, até, por ter chorado num filme que esperava ser leve e descontraído (como se espera que sejam os filmes a estrear em agosto).
As expetativas foram amplamente superadas e a comédia acabou por dar lugar a uma história deliciosa e comovente, que me fez rir, mas que me vez também chorar. E as lágrimas não cairam por tristeza, mas sim pela obra de arte que tive o prazer de ver. Quando vejo um filme que considero realmente belo, e que me comove, por vezes choro e aconteceu com este filme...
Lágrimas à parte, há vários motivos para o ir ver ao cinema: porque foi feito por um luso descendente de grande talento (Ruben Alves), porque conta com grandes interpreteações de excelentes atores portugueses e franceses (Rita Blanco e Joaquim de Almeida são apenas dois exemplo), porque retrata a história de um povo emigrante, como é o nosso, porque revela uma grande grande voz (normalmente não escutada a cantar fado), porque foi um sucesso de bilheteira em Paris (onde já estreou há algum tempo), porque... vale mesmo a pena!
E mais não digo! Só digo que quero voltar ao cinema para o ver (estreia já na próxima semana, dia 1), desta feita companhada pelo marido - que já não me pode ouvir falar do filme...