Carlos Gil (a maquilhagem by M·A·C)
Depois de vermos alguns dos coordenados do Carlos Gil, é hora de falar sobre maquilhagem! A mesma, concebida pelo Paulo Almeida (que mostro abaixo a maquilhar), foi executada pela equipa da M·A·C e não podia ter sido melhor escolhida, por todo o glamour e sofisticação que conferiu ao desfile.
Durante os preparativos, estive à conversa com o Paulo, que me explicou um pouco deste look (e algumas curiosidades, muito interessantes, sobre o uso de sinais no rosto):
Carlos Gil é o luxo completo – o criador gosta de uma senhora bem cuidada, gosta de uma mulher com um extremo, extremo glamour. E foi exatamente isso que nós vamos buscar.
Quanto à coleção, o Carlos inspirou-se em várias décadas, e vai desde os Anos 20 aos Anos 30 e 40. Nessa altura, as mulheres cuidavam-se e tinham certos rituais.
O look em geral é o glamour dos Anos 40, da Rita Hayword em Gilda, o que se vê, por exemplo, nos cabelos ondulados.
Quanto à maquilhagem, é uma sobrancelha muito forte, arqueada, o eyeliner típico dos Anos 40, com um pouco de máscara no canto externo do olho e depois o lábio bastante carregado. Quanto ao lábio, é um vermelho clássico: estamos a utilizar o Russian Red, mas para o manter mais moderno estamos a utilizar o Eye Khol Pencil Smolder, só um pouco, nos cantos externos, para dar mais tridimensionalidade a uma boca que, de outro modo, ficava um bocadinho flat.
E a surpresa é a utilização de um beauty mark – de um sinal. Naquela altura, os sinais tinham vários significados e a posição dos mesmos também. O Carlos quer, por isso, que os sinais sejam predominantemente do lado esquerdo, que era o sinal das viúvas, das mulheres que já não tinham o seu marido e que estavam disponíveis. Estavam, por isso, super cuidadas e luxuosas, mas disponíveis.