Saharienne, o casaco que virou perfume
Já ouviram falar, certamente, do "casaco safari". Em 1968, Yves Saint Laurent (que nasceu em África, mais concretamente na Argélia, durante a ocupação francesa), apresenta uma colecção (à qual pertence a imagem abaixo) fortemente inspirada pelo continente que o viu nascer, e onde reinventa esta peça, adaptando-a aos novos tempos e ao corpo feminino.
O 1.º Saharienne de YSL.
Nasce, assim, o Saharienne - uma versão sexy e feminina dos casacos, inicialmente usados pelos soldados ingleses na guerra na África do Sul, e que depois se adaptou às necessidades dos exploradores, nas expedições pelas savanas e desertos de África.
Estes casacos, normalmente em bege, tinham a cor ideal para se camuflarem com a paisagem das savanas, disfarçando, ao mesmo tempo, o pó e a sujidade. Em termos de material, eram, em regra, confecionados com ráfia, por ser resistente e difícil de sujar. Caracterizavam-se também por ter muitos bolsos, para carregar munições (se o objectivo fosse combater ou caçar).
Veruschka, uma das top models dos Anos 60, com o casaco mítico.
Yves Saint Laurent, que sempre procurou transportar para as suas colecções inspirações do seu continente, reinventou, assim, esta peça, passando a chamar-lhe Saharienne (nome inspirado no Sahara) e, desde então, é frequente vê-la nas suas colecções.
Desde o Verão que passou, Saharienne passou a ser também o nome do mais recente perfume de YSL. Nesta fragrância, que se assume como um cítrico floral, estão contidos os aromas do deserto quente, mas também toques mais frescos, que se procuram no Verão. Conte, por isso, notas olfactivas de, entre outros, limão, bergamota, tangerina, pétalas brancas, mas também com toques mais quentes de pimenta rosa e gengibre. Disponível a partir de €63.